qui. nov 14th, 2024

Comportamento das novas gerações impacta em como marcas e figuras públicas tratam moda e estilo dentro e fora da internet

Algumas épocas ficam extremamente marcadas pela sua estética, e a moda tem o papel fundamental em refletir cada momento pela forma como as pessoas se vestem.

Os blazers, antes com ombreiras muito bem marcadas, tão característicos dos anos 80, fizeram um belo retorno nos últimos anos, e as redes sociais ajudaram a resgatar muitos outros estilos, atualizando e levando informação de moda para mais pessoas. 

Até meados dos anos 2010, quando as redes sociais ainda estavam no estágio inicial, blogs de nicho e sites como Tumblr ou Lookbook concentravam as imagens de pessoas vestindo looks estilosos. Mas boa parte dessas imagens eram de blogueiros ou fashionistas, que, mesmo clicados em espaços públicos, tinham um certo aprofundamento em moda. 

Saiba maisAutoramas: por que a paixão por carros começa desde cedo?

Com o avanço de todas as tecnologias, a própria internet otimizada para dispositivos móveis, e a massificação dos aplicativos, esse cenário se alterou. Com isso, qualquer pessoa passou a ter como consumir e compartilhar conteúdos de moda, aproximando o “look do dia” para o contexto das pessoas comuns.

Entendendo o universo street style

O street style nada mais é do que o ambiente do estilo das ruas. Revistas como a Nylon sempre foram conhecidas por focar suas publicações na “moda da vida real”, muitas vezes retratando subculturas. Punks, góticos, clubbers são apenas alguns exemplos de grupos que surgiram com estéticas muito definidas nas ruas, impactando a cadeia da moda de fora para dentro. 

Das ruas para as passarelas

Durante as semanas de moda, diversas revistas, sites e perfis nas redes sociais realizam a cobertura do que as pessoas estão vestindo nas ruas. Hoje, já é sabido que muitos dos looks capturados são pensados propositalmente para esse tipo de evento, mas ainda assim os trendsetters costumam ficar de olhos atentos para novidades nas ruas, que podem ser levadas para as passarelas.

Moda como diferenciação ou pertencimento

De fato, as redes sociais tiveram papel importante em aumentar o acesso a muitos tipos de assuntos e culturas, mas isso também reflete numa certa homogeneização. Em um ambiente no qual todos querem se destacar, ser totalmente diferente se torna uma escolha qualitativa, em contraponto ao quantitativo de visualizações e likes. 

Saiba mais6 dicas para evitar multas de trânsito e dirigir com segurança

Trends, cores, aesthetics: o papel das redes na disseminação de diferentes estilos

O Instagram foi uma das primeiras redes sociais que revolucionou o consumo de conteúdos de imagem (claro, pegando emprestado elementos de outras redes já existentes). O Pinterest foi se consolidando como ferramenta de pesquisa e coleções de referências, muito utilizado como moodboard de design e moda. 

Porém, nada se compara com o efeito Tik Tok, que hoje movimenta um verdadeiro mercado de trends (ou cores, que significa algo como objeto ou tema central). As inspirações vão desde uniformes de trabalho convencionais até elementos futuristas, tornando coisas comuns em assuntos mais comentados e, claro, gerando demanda de produtos associados a cada estilo.

A moda está mais democrática?

O universo da moda sempre gerou um certo fascínio, e isso tem relação com a necessidade de gerar desejo pela exclusividade. Como quase todos os contextos, a internet impactou profundamente a forma como essas demandas são geradas. Hoje, uma pessoa que não teria acesso a um desfile de uma grife internacional consegue acompanhar ao vivo pela internet. 

Novos perfis de consumo

As novas gerações possuem uma preocupação muito maior com sustentabilidade e consumo consciente. Muitas marcas que antes pensavam em coleções para cada estação do ano, agora dividem seus lançamentos em função de criarem uma conexão mais duradoura com o público-alvo.

Saiba maisPreparação para conseguir uma vaga em uma faculdade pública

O resgate do “faça você mesmo” 

Um outro reflexo da democratização da moda pelas redes sociais é a adoção de técnicas como o “do it yourself” (faça você mesmo), replicada em tutoriais e incentivando aspectos como criatividade, personalização e, claro, consumo sustentável. Quem não pode adquirir um item de luxo viralizado após um desfile, consegue replicar com materiais acessíveis e reforçar que a moda é, no fim, feita para todos.