A busca ávida do mercado pelo próximo unicórnio, pela solução de grandes dores da humanidade através da inovação tecnológica passam pela velha análise de variáveis como tamanho do mercado, impacto, escalabilidade da solução proposta.
Só no ano de 2021, novas 11 empresas brasileiras alcançaram este patamar. Do lado do empresário, entender o grau de inovação de sua solução pode destravar recursos, incentivos financeiros e fiscais governamentais e retirar alguns dos principais obstáculos rumo à sua inovação tecnológica.
Pensando em facilitar essa jornada do empreendedor para situar o grau de sua inovação com o viés de obter recursos de fomentos direto e indiretos, como recursos da FINEP, ou incentivos fiscais como da Lei do Bem, que um grupo de pesquisadores liderados por Rodrigo Moro, phd pela Universidade de Durham, no norte da Inglaterra, desenvolveu um sistema de avaliação com mais de vinte variáveis para avaliar o rating de inovação de soluções.
“Para validar o sistema, testamos a validade do modelo examinando numa base de dados com centenas de projetos avaliados pelo Governo brasileiro, e chegamos a um grau de congruência acima de 90% em relação aos pareceres divulgados. A precisão e a acurácia do modelo já em seus testes iniciais nos levaram a submeter o pedido para a patente do mesmo”, afirmou Rodrigo Moro, um dos cientistas do GT Group – há 13 anos no mercado –, que conduziu os trabalhos.
“A dor que resolvemos com esse Sistema é a criação de um padrão prático de aplicação de manuais internacionais como de Frascati, Oslo, critérios de avaliação de editais e incentivos de inovação brasileiros, que permite ao público antever com acurácia se terá sucesso no levantamento de recursos ou deduções fiscais importantes no caminho para botar as soluções tecnológicas de pé. Vale para a indústria, comércio, para serviços, para o agronegócio. Todos os segmentos empresariais estão contemplados, e ao utilizar o Sistema, o empresário pode reforçar seus investimentos onde saberá que haverá subsídio financeiro ou recuperação de impostos”, destaca o cientista.
Em princípio, o sistema será embarcado nos serviços da GT Group, que avalia para médio prazo o lançamento de uma versão em SAAS (software as a service) para licenciamento a mercado. Mas o projeto-piloto já existe.
Entre os serviços que ganham a contribuição das lógicas do SACI estão fomentos diretos como instrumentos de financiamentos públicos e editais de recursos não-reembolsáveis, bem como fomentos indiretos, como lei do bem, de informática e rota 2030.
Por fim, fundos e empresas de Venture Capital poderão ranquear novas tecnologias antes de realizarem seus investimentos, o que promete aumentar a acurácia do investimento e reduzir os altos índices de insucesso que marcam os investimentos em tecnologias promissoras.