Como toda moeda tem dois lados, existem vantagens e desvantagens da fusão de empresas. Porém, há como contornar os desafios e realizar uma operação de sucesso para as marcas envolvidas. Principalmente se a negociação for mediada por profissionais especializados em M&A (fusões e aquisições).
Afinal, a fusão é um processo que acontece regularmente no mercado e representa uma boa oportunidade de crescimento para os negócios envolvidos. E, por isso, ela é uma escolha em diversas situações, como: redução da concorrência, necessidade de otimizar a cadeia de produção ou até mesmo conquistar novos públicos.
Ela pode até parecer mais simples do que a aquisição, mas já adiantamos que nem sempre é, pois depende muito do tamanho e da complexidade das empresas envolvidas. Por isso, é preciso avaliar o que é mais viável para sua companhia: fazer uma fusão ou vender/comprar a empresa?
Para ajudar a avaliar o melhor tipo de operação de M&A, preparamos este texto que explica o que é fusão de empresas, quais tipos existem e suas maiores vantagens e desvantagens. Aproveite!
O que é fusão de empresas?
A fusão de empresas é a transação que une duas ou mais marcas, que são extintas e formam uma outra companhia, com novo CNPJ e quadro societário. Ela acontece por diversos motivos, como:
- diversificação de negócios;
- acesso a equipamentos e know-how da outra marca;
- aumento de investimento;
- otimização da cadeia de produção;
- diminuição da concorrência;
- introdução em novos mercados.
Quais os tipos de fusão de empresas?
De modo geral, existem cinco tipos de fusão de empresas: horizontal; vertical; conglomerado; extensão de mercado; e extensão de produto. Cada um deles possui objetivos diferentes.
Entenda a diferença entre os principais tipos.
Fusão horizontal
A fusão horizontal é a que mais acontece no mercado: união entre duas ou mais empresas concorrentes, da mesma indústria. O motivo? Reduzir a concorrência e aumentar a participação no mercado, elevando sua economia de escala.
Um exemplo de fusão de empresa do tipo horizontal é a da ExxonMobil, formada após a união da Exxon com a Mobil. Ou a do Banco Itaú com o Unibanco, gerando a marca Itaú Unibanco SA.
Fusão vertical
Já a fusão chamada de vertical é feita quando há a união de dois negócios que não são concorrentes, mas participam da mesma cadeia de produção, do mesmo setor. Ela acontece para otimizar e reduzir custos de processos, além de potencializar as soluções oferecidas.
Em outras palavras, é a fusão de uma empresa com seu fornecedor.
Conglomerado
O conglomerado se classifica como um tipo de fusão realizado por marcas de setores diferentes e não relacionados ou até mesmo em regiões distintas.
Com foco em diversificar os negócios, o conglomerado pode ser feito de duas formas:
- puro: operação entre empresas sem qualquer relação;
- misto: companhias que desejam aumentar seu portfólio de produtos ou de mercados.
Alguns exemplos de fusão de empresa vertical são o da The Walt Disney Company e American Broadcasting Company (ABC).
Fusão para extensão de mercado
A extensão de mercado ocorre entre negócios que possuem os mesmos produtos ou serviços, mas atuam em mercados diferentes. A ideia é se associar a outra marca para aumentar sua base de clientes.
Um exemplo é a fusão entre a LAN Chile e a TAM, que formou a LATAM.
Fusão para extensão de produto
Já a fusão para extensão de produto se trata da união de empresas que têm produtos similares e atuam no mesmo mercado ou setor. Logo, ao se juntarem, as marcas expandem as oportunidades de negócio e crescimento ao longo dos anos.
Um exemplo é a fusão entre uma empresa de smartphones e outra que produz caixa de som. A ideia aqui é que os produtos devem ser complementares.
Vantagens e desvantagens da fusão de empresas
Entre todos esses tipos, há vantagens e desvantagens da fusão de empresas. Separamos a seguir quais elas para ajudar você a decidir o melhor caminho para os negócios.
Vantagens
- Diversificação de mercado: ao diversificar o público-alvo, a empresa reduz riscos, aumenta as vendas e torna-se mais sólida frente a possíveis crises econômicas.
- Abrangência de marca: a nova empresa atua diretamente com as bases de clientes das duas ou mais marcas, unindo seus públicos-alvo.
- Mais vendas: ao ampliar seu alcance e mercado de atuação, há o consequente aumento das vendas e da receita.
- Redução de custos: com a reestruturação e otimização de processos, ocorre a redução de custos operacionais, evitando gastos desnecessários e desperdícios. Geralmente, a estrutura corporativa fica mais eficiente.
- Diminuição dos riscos de mercado: ao unir conhecimentos, experiência de mercado e infraestrutura das empresas, além de diversificar o mercado e o público, os riscos são minimizados, aumentando a chance de sucesso.
- Mais facilidade em obter financiamentos, empréstimos e investimentos: com a redução de riscos e o aumento da abrangência da marca, o negócio ganha mais credibilidade no mercado, obtendo investimentos, financiamentos e empréstimos com mais facilidade.
Desvantagens
- Unificação de processos: um grande desafio na fusão é unificar processos, sistemas e tecnologias. E essa dificuldade inclui não apenas a grande quantidade de ferramentas e métodos usados nas empresas, mas também a resistência dos colaboradores em modificar sua rotina de trabalho.
- Queda da produtividade: quando muitas mudanças são realizadas, é possível que a produtividade seja afetada. Logo, é importante pensar em como elevar o engajamento dos colaboradores e passar mais segurança durante o processo de transição.
- Conflito de cultura organizacional: além de unir processos, ferramentas e tecnologias, há a junção de duas culturas organizacionais distintas, por mais sinérgicas que sejam.
- Redução da força de marca: é comum as empresas perderem um pouco de força depois da fusão, porém, esse desafio pode ser superado com um bom planejamento estratégico e ações de reposicionamento de marca.
O importante é entender que o processo é complexo e envolve muitas partes durante a negociação. Logo, a melhor maneira de ter uma transação bem-sucedida é contar com uma consultoria de M&A qualificada e experiente no mercado, em especial se sua empresa for de médio e grande porte.
Fonte: Capital Invest, uma das principais boutiques de M&A no Brasil, com quase 20 anos de experiência em assessoramento financeiro para avaliação, compra e venda de empresas.