Apesar de o foco ser conforto e estilo, o consumidor promete ser mais exigente no seu guarda-roupa pós-pandêmico
A pandemia de covid-19, declarada em março de 2020, mudou muitas coisas, inclusive a forma como as pessoas decidem comprar roupas e outros itens. Antes, sair de casa era o plano A; depois, com as restrições, a ideia de pedir pela internet passou a ser mais atrativa.
No ano anterior, a economia mundial sentiu as consequências de uma crise na saúde, mas aos poucos, os setores foram se recuperando. E como foi isso para a moda? Veja os números do período, incluindo o pós-pandêmico, vivido atualmente.
Mudança na relação com as roupas
Uma pesquisa realizada pelo MindMiners mostrou que boa parte das pessoas ainda segue cumprindo o isolamento social. 64% das entrevistadas afirmou sair apenas quando necessário e 22% disse evitar aglomerações, mas passear em locais abertos.
Com essa situação, ficou claro que houve uma mudança na relação das pessoas com suas roupas. As mulheres dão preferência por peças básicas e confortáveis, inclusive pijamas, além de terem comprado poucas coisas novas.
De acordo com o estudo: “a relação das pessoas com suas roupas mudou ao longo desse último ano. Seja pelo fato de não saírem de casa, seja pela relação com o próprio corpo devido a variações no peso ou até mesmo pela roupa ser entendida como um possível vetor do coronavírus, os brasileiros estão vendo seu armário com outros olhos.”
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Classe A é quem mais tem feito compras
A pesquisa aponta que a Classe A é quem mais compra roupas nos seis últimos meses, sendo que 60% dela continua trabalhando no modelo home office. 57% dessas compras são realizadas presencialmente, contra 21% online. Ainda assim, os entrevistados afirmaram que passaram a adquirir mais coisas pela internet.
Na compra online, a maior parte (76%) é realizada diretamente no site das marcas, enquanto 22% usa aplicativos. Os três itens priorizados, seja online ou presencialmente, são: qualidade das roupas, diversidade e responsabilidade com o meio-ambiente.
Prioridades mudam de acordo com a geração
A pesquisa buscou entender o que virou prioridade durante a pandemia: o conforto ou o estilo. Para isso, entrevistou pessoas das gerações Z, Millennials, X e Baby Boomers.
Quando o objetivo é se sentir confortável, a Geração X é a líder. 51% dos entrevistados afirma dar prioridade ao conforto quando seleciona suas roupas para o dia a dia. Logo em seguida estão os Baby Boomers, com 48%.
Em relação ao estilo, a Geração Z é a mais preocupada, com 9% dos participantes afirmando preferir roupas estilosas. Atrás deles, os Millennials, com 5%. No entanto, todas as gerações tiveram a mesma resolução: unir conforto e estilo, na pandemia e depois dela.
A Geração Z é a líder, com 56% dos entrevistados preferindo a junção de conforto e estilo. Millennials e Baby Boomers estão empatados, com 51%, e por último está a Geração X, ainda assim, com 48% de interesse.
O estudo ainda continua: “dos que colocam conforto em primeiro lugar, 34% não vai abrir mão disso quando deixar o isolamento e 45% só quando a situação demandar algo mais estiloso. Apenas 21% está disposto a deixar o conforto de lado na volta à rotina de convívio social.”
O armário pós-pandêmico
Os participantes da pesquisa acreditam que o fim da pandemia irá representar um novo ciclo para seus guarda-roupas. Um símbolo de uma nova vida. Com isso, percebeu-se que 92% dos entrevistados estão interessados em roupas de alta durabilidade, seguido de 68% que desejam tecidos com proteção solar.
Isso mostra que o mercado da moda deve esperar por consumidores mais exigentes, focados não apenas no produto, mas também na proteção do meio-ambiente. Até porque 67% dos entrevistados afirmou a intenção de dar prioridade para marcas que fabricam roupas cumprindo as diretrizes de sustentabilidade.