qua. abr 17th, 2024

O que é Apneia obstrutiva do sono?

Apneia obstrutiva do sono, conhecida pela sigla SAOS, é uma síndrome caracterizada pela obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono, sendo caracterizada através de uma parada respiratória provocada pelo colabamento das paredes da faringe.

Essa condição acontece principalmente durante o sono, mas não possui como aspecto o ator de roncar, pois, durante a apneia para de roncar devido ao bloqueio da passagem de ar pela faringe.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a apneia ocorre, pois: “A nossa garganta é estreita e quando dormimos relaxam a musculatura, há a queda da língua e deslocamento posterior da mandíbula e, portanto, obstrução da garganta impedindo a passagem do ar (apneia)”.

Para que o indivíduo encerre esse processo, deverá acordar, onde, dessa forma: “musculatura da garganta retoma a força que mantém a garganta aberta até que o sono reaparece e a garganta volta a fechar e este ciclo se repete dezenas a centenas de vezes ao longo da noite”.

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Para se ter uma ideia dessa condição, um estudo, de 2018, realizado palra revista científica The Lancet, apontou que cerca de 936 milhões de pessoas no mundo possuem Apneia obstrutiva do sono.

Quais os principais sintomas da Apneia do sono?

Como é uma condição caracterizada como distúrbio do sono, podemos classificar os seus sintomas em duas categorias: dia e noite.

Durante o dia, o indivíduo pode relatar condições, como: sono não reparador (acordar cansado), sonolência diurna, dificuldade de memória e concentração, boca seca ao acordar, irritabilidade, cefaleia matinal e até impotência e diminuição da libido.

Já a noite, quando ela de fato ocorre, as manifestações indesejáveis podem ser: Ronco alto, sono agitado, paradas respiratórias, engasgos, acordar para urinar e há até questões relatadas como pesadelos.

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É recomendado, ao identificar algum dos sintomas, procurar um médico.

Quais exames identificam a Apneia obstrutiva do sono?

Para identificar a apneia obstrutiva do sono, o paciente deverá ser diagnosticado através da polissonografia, que segundo o Instituto do Sono: “É um exame não invasivo feito enquanto o paciente está dormindo.

Ao longo de uma noite de sono, dados são coletados para que o médico possa diagnosticar distúrbios de sono, como apneia obstrutiva do sono, movimento periódico de pernas e comportamentos noturnos, como sonambulismo”.

Este procedimento avaliará questões como:

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potenciais elétricos da atividade cerebral, dos batimentos cardíacos, os movimentos dos olhos, a atividade muscular, o esforço respiratório, a saturação de oxigênio no sangue, o movimento das pernas e outros parâmetros.

Para complementar, o indivíduo ainda será submetido a Cefalometria, responsável por avaliar estruturas do crânio, principalmente da mandíbula. Por fim, a Ressonância Magnética, através da qual se visualiza a região orofaríngea.

Quais os riscos?

Entre os principais riscos que a apneia do sono pode gerar, podemos citar:

  • Obesidade,
  • Crescimento das amígdalas,
  • Malformações da mandíbula ou da faringe,
  • Hipertrofia da língua,
  • Tumores,
  • Hipotonia dos músculos da faringe ou falta de coordenação dos músculos respiratórios,
  • Hipertensão arterial,
  • Arritmias cardíaca,
  • Infarto agudo do miocárdio e derrames cerebrais.

Qual especialidade médica pode diagnosticar o problema?

No universo da medicina, existe uma área conhecida como “medicina do sono”, onde os médicos do sono atuam e serão os responsáveis em diagnosticar a apneia do sono.

Os médicos do sono abrangem a otorrinolaringologia, pneumologia, neurologia e até mesmo a psiquiatria.

Dessa forma, existem três especialistas que poderão diagnosticar a apneia do sono:

  • Pneumologista, que atenderá pacientes que sentem ou acordam com muita falta de ar e/ou os batimentos acelerados;
  • Otorrinolaringologista, que avaliarão crises alérgicas, obstrução nasal e boca seca;
  • Neurologista, condições como sono agitado, sonolência durante o dia e alterações de humor.

Lembrando, que um clínico geral também poderá, de início, poderá realizar o diagnóstico inicial e encaminhar o paciente ao médico do sono.

Quais os tratamentos para Apneia obstrutiva do sono?

Para iniciar, é importante entendermos o que fazer para evitar a apneia obstrutiva do sono. Especialistas apontam a importância de cuidar do peso, realizando atividade física regularmente e buscando uma alimentação mais saudável.

Mas não só de exercícios e alimentação controlado o paciente terá como aliado. Uma cama com cabeceira elevada em 10cm, dormir de lado ao invés de dorso e evitar ingestão de álcool e alimento pesados 4 horas antes do sono, podem favorecer e evitar as questões tratadas acima.

Agora, caso a situação já esteja grave, haverá alternativas importantes como tratamento. Por elas, podemos separar em 2 condições: não cirúrgico e cirúrgico, que dependerão de questões como: Predominância do tipo de apneia, grau de incapacitação e a severidade de sintomas cardiovasculares associados ao sono.

Para tratamento não cirúrgicos o médico do sono recomendará:

  • Farmacoterapia, uso de medicamentos.
  • Pressão de ar positiva contínua (CPAP), uma forma de ventilação por pressão positiva na via aérea em que é aplicada continuamente pressão de ar nas vias aéreas de forma a mantê-las abertas em pessoas que são capazes de respirar espontaneamente.
  • Evitar fatores de risco, onde em casos mais simples, o simples fato de passar a ter uma vida com exercícios já auxilia a questão.

Mas, existem casos mais graves, nestes, a necessidade de cirurgia pode acontecer, tais como:

  • Suspensão do osso hioide, um osso que fica na parte anterior do pescoço, abaixo da mandíbula e à frente da porção cervical da coluna vertebral;
  • Úvulofaringo Palatoplastia, o médico cirurgião fará um conjunto de invenções para ampliar e melhorar as vias respiratórias do paciente;
  • Cirurgia ortognatia, uma técnica utilizada para corrigir alterações de crescimento dos maxilares.