Mercado de trabalho, por um lado, passa por grande oferta de profissionais, e, por outro, ainda falta qualificação, o que desafia os recrutadores
O mercado de trabalho atualmente dá sinais de melhora, conforme o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do último semestre, com a geração, em maio, de mais de 1.960.960 contratações. O saldo é de 277.018 novos empregos formais.
Os dados apontam que o mercado de trabalho está melhorando, com a redução da taxa de desemprego e o maior número de admissões. Por sua vez, o desafio enfrentado pelos recrutadores, apesar da grande oferta de profissionais, é encontrar mão de obra qualificada. E, para responder a essa realidade, eles estão recebendo uma ajudinha até da inteligência artificial em processos automatizados de seleção.
Karla Silva, gerente de RH da Gateware, empresa especializada no segmento de tecnologia, orienta que as empresas não percam o olhar para o lado humanizado do recrutamento.
“O mercado está exigindo uma postura mais sênior dos profissionais e, no segmento tech, isso torna as empresas responsivas na hora de recrutar para que sejam proativas, com uma abordagem na complementação de formação ou entendimento da linguagem da vaga. Temos uma visão para o lado humano do contratado, especialmente nas suas habilidades técnicas e comportamentos. Contudo, quando recrutamos juniores, optamos pelas habilidades comportamentais mais maduras”, explica.
Um erro das grandes empresas, segundo a especialista, é focar apenas em profissionais sêniores. Por isso, a dica é deixar o radar ligado para ter empatia com os mais novos. “Há nesse nicho pessoas com muita vontade, o que é fundamental, afinal se a pessoa, por exemplo, falar inglês, esse é um diferencial que a tornará competitiva mesmo que falte mais experiência. Quando treinamos os recrutados para uma vaga em agronegócio e tecnologia, conseguimos afinar as habilidades”, salienta, destacando um dos nichos mais importantes de atuação das recrutadoras tecnológicas na atualidade.
Outra dica importante é a imagem da empresa diante dos recrutados. Ter um selo Great Place to Work (GPTW) e estar bem ranqueada em ferramentas de vagas como o Glassdoor são atrativos na hora de recrutar os melhores profissionais.
“A confiança da empresa é importante para agilizar a prioridade de recrutamento. Esses selos reforçam o seu posicionamento e colocam o valor de uma empresa brasileira num mercado de hunting internacional”, ressalta.
Ajuda da inteligência artificial é bem-vinda
A tecnologia auxilia muito o recrutamento e a seleção de colaboradores. As plataformas agem de forma rápida e precisa sobre a escolha de perfis potencialmente interessantes para as empresas apoiando-se em sistemas de ponta mais efetivos, como o big data e o machine learning.
É a forma de contratar colaboradores na era da transformação digital das empresas, que traz inteligência aos negócios na recomendação automática de currículos por meio do reconhecimento de padrões.
“Esse serviço potencializa o fator humano em processos mais avançados para o preenchimento dos pré-requisitos da vaga por meio do cruzamento de informações. Ele utiliza o tratamento de grandes quantidades de CVs na seleção e também é hábil no hunting quando a disponibilidade de candidatos para as vagas é mais difícil, em procedimentos de busca ativa, empoderando, digitalmente, o feeling do recrutador. O equilíbrio entre o fator humano e a tecnologia é que faz a digitalização e promove a cultura da transformação”, explica o CEO da Selecty, Márcio Monson, que lidera a empresa especializada em recrutamento e seleção digital.
E como recrutar com qualidade na era digital? O CEO destaca que é um momento muito especial e estratégico dos departamentos de recursos humanos por colocar em evidência a necessidade de desenvolvimento da cultura digital interna. “Para recrutar com qualidade é fundamental que haja dados e que as pessoas sejam capazes de utilizar as plataformas de recrutamento com domínio e eficiência. É a hora, para tornar esse processo sistêmico mais rápido e assertivo, de desenvolver as pessoas e a cultura digital, em medidas de descentralização da tecnologia”, aponta.
Sobre a Gateware – Focada em tecnologia e inovação, a Gateware foi fundada em 2000. Com matriz localizada em Curitiba, no Paraná, também possui unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina e EUA. Atualmente conta com mais de 140 funcionários e atua em quatro suites: GW Value Strategy (PMO Gestão de Projetos e GMO Gestão de Mudanças), GW Outsourcing (Alocação e Hunting de Profissionais de TI), GW Solution (Aplicativo LivID que realiza Prova de Vida e Recadastramento Digital por meio do reconhecimento facial e inteligência artificial, e a Consulta de Óbito em todo território nacional) e GW Labs (Fábrica de Softwares Multiplataforma).