seg. abr 22nd, 2024

Se o seu objetivo é minerar criptomoedas, é essencial entender como funciona o processo de validação no blockchain — e que comece a caça ao ouro, ops, aos ativos digitais!

Só queremos explicar um detalhe bem importante antes. Por mais que a tecnologia blockchain esteja diretamente relacionada ao mundo das criptos, ela não se limita a esse setor.

O blockchain é um protocolo de segurança e de confiança. Com ele, é possível transferir diferentes informações sem intervenção, supervisão ou autorização de uma entidade oficial, empresa, organização ou órgão regulamentador.

Isso permite que essa tecnologia possa ser utilizada também para a criação de contratos inteligentes (smart contracts) e aplicativos descentralizados, que podem ser implementados em diferentes segmentos, tais como educação, saúde, meios de pagamento, entre outros.

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Especificamente o processo de validação no blockchain consiste em encontrar blocos de dados válidos nessa rede, os quais estão temporariamente na estrutura denominada pool. No universo das criptomoedas, essa etapa é chamada de mineração. 

Achou interessante? Que tal conferir como tudo isso funciona e aprender a como “garimpar” uns criptoativos? Basta continuar a leitura para descobrir. Então, let’s go! 

Como funciona a validação no blockchain?

Para explicarmos como funciona a validação no blockchain é preciso minuciar os passos anteriores e posteriores a esse processo. Para facilitar a compreensão, vamos fazer isso por etapas.

  • A rede blockchain é formada por conjuntos de códigos, os quais podem ser chamados de blocos, que se conectam uns aos outros.
  • É dentro desses blocos que estão todas as informações de uma transação, a exemplo das executadas para a obtenção de criptomoedas.
  • O processo de validação do blockchain, também no caso da mineração de criptos, consiste em verificar se as transações presentes nesses blocos são verdadeiras ou não.
  • Para isso, os chamados mineradores precisam resolver cálculos complexos com a ajuda de softwares e computadores específicos para essa finalidade.
  • Enquanto aguardam por essa verificação, os blocos ficam em uma estrutura denominada pool, que pode ser definida com uma cooperativa que soma o poder de mineração da cada nó — nó, ou node, são computadores conectados a uma interface blockchain.
  • Quem primeiro resolve o cálculo e encontra o bloco válido, avisa aos demais que, agora, devem fazer a checagem e chegar a um consenso sobre a validação no blockchain.
  • Se a transação for verdadeira, esse bloco é incorporado à rede e recebe um código de criptografia, chamado hash, um tipo de assinatura digital ou impressão biométrica.
  • Cada bloco que é criado e validado ganha o seu próprio hash, além de carregar também o hash do bloco anterior.
  • Os blocos são criados com intervalo de tempo que costumam ser constantes. No Bitcoin, por exemplo, esse período é de 10 minutos.
  • A tecnologia blockchain é considerada extremamente segura, pois, ainda que se tenha acesso a um dos blocos, é preciso desvendar a criptografia de todos os que compõem a rede para poder roubar alguma informação, já que elas são transmitidas de bloco a bloco.
  • Uma vez que a validação no blockchain das criptomoedas é realizada, a transação envolvendo esses ativos pode ser concluída.
  • Os mineradores, então, recebem criptoativos como forma de pagamento pelo trabalho realizado.

Quais são as formas de mineração de criptomoedas?

Podemos dizer que a validação no blockchain é a etapa que une todos os processos necessários para a mineração de criptomoedas. Sem ela, é impossível dar continuidade a qualquer transação dentro desse universo.

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Porém, o jeito de minerar pode variar conforme a moeda digital. Por exemplo, Bitcoin e Ether (Ethereum) usam um processo conhecido como proof of work (PoW), em português, prova de trabalho. 

Mas, além desse, nas plataformas blockchain, podem ser usados os métodos prova de participação e a prova de capacidade.

Prova de trabalho

Considerada uma das formas de mineração mais segura, a prova de trabalho, ou se preferir, proof of work (PoW), tem como base o poder computacional oferecido pelas pessoas que participam da rede.

Funciona assim: para realizar a validação do bloco, os mineradores precisam disponibilizar o seu poder computacional. Aquele que resolver primeiro o cálculo recebe o status de validador e é pago com criptoativo (geralmente o próprio ativo da rede em que está trabalhando) pela realização do serviço.

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Boa parte das redes blockchain que usam a tecnologia Bitcoin têm a prova de trabalho como processo de validação.

Prova de participação

Já a prova de participação — proof of stake (PoS) — é tida como mais inclusiva, considerando que ela torna possível a participação de um número maior de pessoas na validação no blockchain.

Esse tipo de validação tem como base o saldo de criptomoedas de quem participa do processo. Assim, quem está fazendo a mineração não precisa investir o seu poder computacional, como acontece na PoW, mas, sim, os seus próprios ativos digitais.

Na prática, quanto maior o valor de criptos investido, maiores as chances de participar da validação dos blocos. Quando isso acontece, a recompensa vem por meio de taxas transacionais ou pela distribuição de novas moedas que foram mineradas.

Prova de capacidade

Indicada para modelos de validação que, possivelmente, não funcionariam com a PoW ou a PoS, a prova de capacidade (proof of capacity ou PoC) tem como base o espaço disponível no hard drive de quem deseja minerar os ativos.

Dessa forma, quanto maior a capacidade de armazenamento de dados, maiores as chances de conseguir validar os blocos.

Trata-se de um protocolo mais demorado, especialmente se comparado às outras formas de validação, visto que a resolução do cálculo, nesse caso, depende da análise de uma série de arquivos com diversas possíveis soluções.

Uma das primeiras criptomoedas a usar esse tipo de mineração é a Burstcoin, da plataforma Burst.

Agora você já sabe como funciona o processo de validação no blockchain, lembrando que ele pode ser utilizado tanto para criptos quanto para outras aplicações dessa rede.

Caso queira minerar criptomoedas, o próximo passo é escolher um computador com um bom processador, placa-mãe e placa de vídeo. Em seguida, verificar quais ativos digitais pretende fazer a mineração, baixar o software correspondente e iniciar as atividades do seu garimpo digital!

Este artigo foi escrito pela Bitso, exchange internacional de criptomoedas na qual você pode comprar, guardar e vender os seus criptoativos.