ter. abr 23rd, 2024

Apesar de o foco ser conforto e estilo, o consumidor promete ser mais exigente no seu guarda-roupa pós-pandêmico

A pandemia de covid-19, declarada em março de 2020, mudou muitas coisas, inclusive a forma como as pessoas decidem comprar roupas e outros itens. Antes, sair de casa era o plano A; depois, com as restrições, a ideia de pedir pela internet passou a ser mais atrativa.

No ano anterior, a economia mundial sentiu as consequências de uma crise na saúde, mas aos poucos, os setores foram se recuperando. E como foi isso para a moda? Veja os números do período, incluindo o pós-pandêmico, vivido atualmente.

Mudança na relação com as roupas

Uma pesquisa realizada pelo MindMiners mostrou que boa parte das pessoas ainda segue cumprindo o isolamento social. 64% das entrevistadas afirmou sair apenas quando necessário e 22% disse evitar aglomerações, mas passear em locais abertos.

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Com essa situação, ficou claro que houve uma mudança na relação das pessoas com suas roupas. As mulheres dão preferência por peças básicas e confortáveis, inclusive pijamas, além de terem comprado poucas coisas novas.

De acordo com o estudo: “a relação das pessoas com suas roupas mudou ao longo desse último ano. Seja pelo fato de não saírem de casa, seja pela relação com o próprio corpo devido a variações no peso ou até mesmo pela roupa ser entendida como um possível vetor do coronavírus, os brasileiros estão vendo seu armário com outros olhos.”

Classe A é quem mais tem feito compras

A pesquisa aponta que a Classe A é quem mais compra roupas nos seis últimos meses, sendo que 60% dela continua trabalhando no modelo home office. 57% dessas compras são realizadas presencialmente, contra 21% online. Ainda assim, os entrevistados afirmaram que passaram a adquirir mais coisas pela internet.

Na compra online, a maior parte (76%) é realizada diretamente no site das marcas, enquanto 22% usa aplicativos. Os três itens priorizados, seja online ou presencialmente, são: qualidade das roupas, diversidade e responsabilidade com o meio-ambiente.

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Prioridades mudam de acordo com a geração

A pesquisa buscou entender o que virou prioridade durante a pandemia: o conforto ou o estilo. Para isso, entrevistou pessoas das gerações Z, Millennials, X e Baby Boomers.

Quando o objetivo é se sentir confortável, a Geração X é a líder. 51% dos entrevistados afirma dar prioridade ao conforto quando seleciona suas roupas para o dia a dia. Logo em seguida estão os Baby Boomers, com 48%.

Em relação ao estilo, a Geração Z é a mais preocupada, com 9% dos participantes afirmando preferir roupas estilosas. Atrás deles, os Millennials, com 5%. No entanto, todas as gerações tiveram a mesma resolução: unir conforto e estilo, na pandemia e depois dela.

A Geração Z é a líder, com 56% dos entrevistados preferindo a junção de conforto e estilo. Millennials e Baby Boomers estão empatados, com 51%, e por último está a Geração X, ainda assim, com 48% de interesse.

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O estudo ainda continua: “dos que colocam conforto em primeiro lugar, 34% não vai abrir mão disso quando deixar o isolamento e 45% só quando a situação demandar algo mais estiloso. Apenas 21% está disposto a deixar o conforto de lado na volta à rotina de convívio social.”

O armário pós-pandêmico

Os participantes da pesquisa acreditam que o fim da pandemia irá representar um novo ciclo para seus guarda-roupas. Um símbolo de uma nova vida. Com isso, percebeu-se que 92% dos entrevistados estão interessados em roupas de alta durabilidade, seguido de 68% que desejam tecidos com proteção solar.

Isso mostra que o mercado da moda deve esperar por consumidores mais exigentes, focados não apenas no produto, mas também na proteção do meio-ambiente. Até porque 67% dos entrevistados afirmou a intenção de dar prioridade para marcas que fabricam roupas cumprindo as diretrizes de sustentabilidade.